Você já parou para pensar de onde veio o nome daquelas editoras que sempre aparecem na sua estante? Muitas vezes, essas palavras que estampam as lombadas dos nossos livros favoritos carregam histórias curiosas, homenagens, referências culturais e até escolhas meio inusitadas. Hoje, vamos mergulhar nos bastidores e descobrir a origem do nome de 7 editoras brasileiras que provavelmente já passaram pelas suas mãos — e talvez você nem tenha notado.
1. Companhia das Letras
Uma das mais conhecidas editoras brasileiras, a Companhia das Letras foi fundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz. O nome surgiu da ideia de reunir “companhias” — ou seja, autores, leitores e tradutores — em torno das letras, da literatura. É um nome que carrega um tom elegante e ao mesmo tempo acessível, evocando o espírito colaborativo da produção editorial.
2. Intrínseca
Lançada em 2003, a Intrínseca escolheu esse nome pela sonoridade forte e por seu significado: algo essencial, que faz parte da natureza de algo. A ideia era mostrar que os livros publicados por ela não seriam superficiais, mas obras com valor interno, denso, “intrínseco” mesmo. Uma das editoras mais recentes da lista, mas que já marcou presença nas estantes de muitos leitores.
3. Record
Fundada em 1942, a Record tem um nome que inicialmente fazia alusão a recordes de vendas e a um padrão alto de qualidade. Com o tempo, o nome ganhou vida própria e virou sinônimo de best-sellers no Brasil. Curiosamente, pouca gente sabe que a escolha também foi inspirada na Record americana (de discos), que na época influenciava o mercado cultural. Entre as editoras brasileiras, é uma das que mais moldaram o mercado nacional.
4. Aleph
Especializada em ficção científica, a Aleph tem um nome que carrega peso filosófico. “Aleph” é a primeira letra do alfabeto hebraico e também o nome de um conto de Jorge Luis Borges. No conto, Aleph é um ponto no espaço que contém todos os outros pontos — uma metáfora perfeita para a missão editorial da casa. Uma das editoras mais queridas pelos fãs de sci-fi.
5. Zahar
A Zahar foi fundada em 1956 por Jorge Zahar, e o nome é simplesmente seu sobrenome. Mas isso não é tudo. O fundador apostou em livros de ciências humanas e sociais num período em que essas áreas eram vistas como pouco rentáveis. O nome Zahar se tornou um selo de qualidade intelectual no país. Entre as editoras brasileiras, é símbolo de coragem editorial e resistência cultural.
6. Rocco
Com um nome de origem italiana, a Rocco foi fundada por Paulo Rocco em 1975. O sobrenome virou marca e ficou eternizado entre os leitores por trazer ao Brasil obras como Harry Potter. A escolha de manter o nome da família deu à editora um tom pessoal e de legado, algo que muitas outras empresas evitam, mas aqui funcionou perfeitamente.
7. Sextante
Você já deve ter visto esse nome estampado em livros de autoajuda, espiritualidade e desenvolvimento pessoal. O nome “Sextante” vem do instrumento de navegação usado para guiar embarcações pelo mar. A ideia é que os livros da editora sejam guias, que orientem os leitores em suas jornadas pessoais. Uma das editoras brasileiras que mais aposta no poder da metáfora para se comunicar com seu público.
O que esses nomes nos dizem?
Nomes importam. Eles comunicam intenções, valores e até personalidade. Ao conhecer a história por trás dos nomes dessas editoras brasileiras, entendemos melhor o universo por trás dos livros que lemos. Não é só um logo na capa — é uma história que começou antes mesmo da primeira página.
Marcaram pra mim:
Ática, Vozes, Scipione e a Nacional.